Já parou para pensar no volume de café consumido no mundo? Atualmente, a Europa ocupa a liderança no consumo global, utilizando mais de 53 milhões de sacas anualmente, o que representa 30,35% da demanda total. O consumo mundial de café atingiu a impressionante marca de 485 mil sacas diárias, somando um total de 177 milhões de sacas de 60 kg entre outubro de 2023 e setembro de 2024, conforme dados da Embrapa Café. Esse número reflete uma demanda global expressiva, com pouca margem de sobra, considerando que a produção no mesmo período alcançou 178 milhões de sacas, resultando em um excedente de apenas 1 milhão de sacas. A Europa continua como a principal consumidora mundial, seguida pela Ásia & Oceania, que consumiu 45,7 milhões de sacas (25,83%), e pela América do Norte, com 30,9 milhões de sacas (17,45%).
A América do Sul, além de ser uma das principais regiões produtoras, também apresenta um consumo relevante, totalizando 28 milhões de sacas (15,81%) e ocupando a quarta posição no ranking global. A África registrou um consumo de 12,5 milhões de sacas (7,06%), enquanto Caribe, América Central & México consumiram juntos 6,1 milhões de sacas (3,5%).
No que diz respeito à produção global, a América do Sul mantém sua posição dominante, tendo colhido 89,3 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a 50,2% da produção mundial no período analisado. A Ásia & Oceania vêm logo atrás, com 49,9 milhões de sacas (28%), seguidas pela África, que colheu 20,1 milhões de sacas (11,3%). Por fim, a região do Caribe, América Central & México fechou o ranking com uma produção de 18,7 milhões de sacas (10,50%). Esses números reforçam o papel fundamental das Américas na cadeia produtiva do café, já que juntas são responsáveis por mais de 60% da oferta global.
O equilíbrio entre produção e consumo mundial indica um cenário delicado, com uma margem de segurança reduzida. O pequeno excedente de apenas 1 milhão de sacas reforça a importância da sustentabilidade e da eficiência produtiva, principalmente nas propriedades rurais responsáveis pelo cultivo do café. Diante desse cenário, torna-se essencial implementar políticas eficazes para garantir um equilíbrio sustentável entre oferta e demanda, assegurando a viabilidade econômica e ambiental dessa commodity estratégica para o mercado global.