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Mato Grosso Supera Países Inteiros e se Torna Gigante da Soja

17 de março de 2025
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Mato Grosso se destaca no cenário global da soja e consolida liderança no agronegócio

O estado de Mato Grosso supera diversos países na produção de soja e reforça sua posição como uma potência do agronegócio mundial. Maior produtor de grãos do Brasil, o estado atingiu uma marca impressionante: se fosse uma nação independente, ocuparia o 4º lugar no ranking global de produção de soja. Com um território de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados—área semelhante à soma da Alemanha e França—, Mato Grosso se tornou uma referência na agricultura em escala internacional.

Na safra 2022/2023, o estado registrou um volume expressivo de 45,3 milhões de toneladas de soja, superando a produção combinada de países como Ucrânia, Rússia, Canadá, Paraguai, China e Índia. Apesar da projeção de queda para 38,4 milhões de toneladas na safra 2023/2024 devido a desafios climáticos, Mato Grosso segue como protagonista no setor.

O estado está próximo de ultrapassar a Argentina, que atualmente ocupa o 3º lugar no ranking mundial com uma colheita de cerca de 50 milhões de toneladas. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2024/2025 prevê um novo recorde para o Brasil, com 328,3 milhões de toneladas de grãos, representando um crescimento de 10,3% em relação ao ciclo anterior.

Nas últimas seis décadas, Mato Grosso passou por uma transformação extraordinária. De uma fronteira agrícola pouco explorada, tornou-se um dos maiores polos agropecuários do planeta. Além da soja, o estado também lidera a produção nacional de milho, algodão, carne bovina e etanol de milho. Mesmo com a intensa atividade agrícola, 62% da vegetação nativa permanece preservada, graças às práticas sustentáveis adotadas pelos produtores. Técnicas como plantio direto, rotação de culturas, uso de defensivos biológicos, drones, inteligência artificial e análise de big data são amplamente empregadas para otimizar a produtividade e a gestão das lavouras.

Outro diferencial do estado é o seu vasto potencial hídrico. Além de abastecer usinas hidrelétricas, a disponibilidade de água favorece a expansão da irrigação e possibilita até uma terceira safra anual, com destaque para culturas como o feijão.

A trajetória de Mato Grosso está intimamente ligada ao espírito pioneiro dos brasileiros que colonizaram a região entre as décadas de 1960 e 1980. Muitos agricultores vindos do Sul e Sudeste migraram para o Centro-Oeste, atraídos por incentivos governamentais e pela promessa de terras férteis. No início, as dificuldades eram imensas: estradas precárias, isolamento, doenças tropicais e infraestrutura limitada. Famílias inteiras viveram sob barracas improvisadas, superando adversidades para transformar a terra bruta em solo produtivo.

Entre os principais desbravadores, nomes como Ariosto da Riva (fundador de Alta Floresta), Énio Pepino (responsável pela criação de Sinop) e José Aparecido Ribeiro (fundador de Nova Mutum) foram essenciais para o desenvolvimento do estado. Em Porto dos Gaúchos, há relatos de que a região teria servido como refúgio para judeus fugitivos, sendo por muitos anos o único núcleo urbano do norte mato-grossense.

Com investimentos contínuos em tecnologia, infraestrutura e práticas sustentáveis, Mato Grosso está preparado para reforçar ainda mais seu papel como um dos principais produtores de alimentos do mundo. O estado não apenas abastece o Brasil, mas também desempenha um papel estratégico na segurança alimentar global. Nos próximos anos, a expectativa é que continue expandindo sua produção e desenvolvendo soluções agrícolas sustentáveis, consolidando sua posição como potência do agronegócio internacional.

 

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