Com escalas curtas e demanda aquecida, o mercado físico do boi gordo volta a ganhar impulso. Abril pode marcar a retomada para os pecuaristas, impulsionando os preços.
O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com novas altas nas principais regiões produtoras do Brasil. Em São Paulo, referência nacional para o setor, a arroba retornou ao patamar de R$ 320, influenciada pela oferta reduzida e pelo consumo firme. As escalas de abate seguem curtas, com uma média nacional entre cinco e sete dias úteis, forçando os frigoríficos a pagar mais para garantir matéria-prima.
A expectativa para a primeira metade de abril é de novas valorizações no preço da carne no atacado, impulsionadas pelo pagamento dos salários e pelo aumento do consumo durante a Páscoa.
O ritmo acelerado das exportações continua sendo um dos principais fatores de sustentação da arroba. O Brasil se aproxima de mais um possível recorde nos embarques de carne bovina, fortalecendo ainda mais o cenário positivo para os pecuaristas.
📈 Cotações médias da arroba nesta sexta-feira (29/3):
✅ São Paulo: R$ 320,00
✅ Goiás: R$ 300,88
✅ Minas Gerais: R$ 300,88
✅ Mato Grosso do Sul: R$ 308,98
✅ Mato Grosso: R$ 307,70
Em São Paulo, os negócios com boi gordo comum e boi-China fecharam a semana em R$ 317/@ e R$ 320/@, respectivamente, segundo a Scot Consultoria. No Norte de Mato Grosso, a alta foi ainda mais significativa, com avanço diário de R$ 5/@, elevando a cotação para R$ 308/@.
No mercado futuro, o sentimento positivo também predominou. Os contratos para setembro de 2025 encerraram a quinta-feira cotados a R$ 337,60/@, representando uma alta de 2,79% e um prêmio de quase R$ 19/@ em relação ao mercado físico. O volume de contratos em aberto aumentou pela terceira semana consecutiva, sinalizando confiança dos investidores na continuidade da valorização.
No atacado, os preços permanecem estáveis, com expectativa de alta nos próximos dias. O quarto traseiro segue cotado a R$ 25,50/kg, o quarto dianteiro a R$ 18,50/kg e a ponta de agulha a R$ 17,50/kg.