Os frigoríficos ainda enfrentam desafios para formar as escalas de abate, que permanecem curtas, evidenciando uma oferta limitada e sustentando os preços elevados. Será que o boi gordo continuará valorizando? O mercado iniciou 2025 com um aumento expressivo nos preços, puxado por uma demanda externa aquecida e pela restrição na oferta. No dia 30 de dezembro de 2024, a arroba do boi gordo estava cotada a R$ 310/@ em São Paulo. Atualmente, o valor subiu para R$ 335/@, representando um aumento de R$ 15/@.
Segundo especialistas, a dificuldade dos frigoríficos em organizar as escalas de abate, que variam entre três e seis dias úteis na média nacional, reforça a escassez de oferta e a manutenção dos preços em alta.
Em 16 de janeiro, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade a prazo foram:
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada mostraram desempenho positivo em janeiro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que, nos primeiros sete dias úteis do mês, o Brasil exportou 66,397 mil toneladas, gerando US$ 335,83 milhões, com um preço médio de US$ 5.057,90 por tonelada. Em comparação a janeiro de 2024, houve alta de 28,5% no valor médio diário, aumento de 14,9% no volume exportado e avanço de 11,8% no preço médio.
os preços em São Paulo seguem em alta. No dia 17 de janeiro, a arroba do boi comum foi negociada a R$ 327/@, enquanto o “boi-China” registrou R$ 332/@, mantendo um ágio de R$ 5/@. A vaca gorda e a novilha gorda foram cotadas a R$ 300/@ e R$ 317/@, respectivamente. Em Belo Horizonte, o boi gordo apresentou valorização de 8,4% na última semana.
Os principais fatores que sustentam essa alta incluem:
Analistas apontam que a tendência é de manutenção nos preços elevados, sustentados pelas exportações. O mercado segue atento à volatilidade do câmbio, às condições climáticas que impactam a oferta e à dinâmica das exportações, que permanecem como o principal motor do setor pecuário brasileiro. Além disso, o aumento do interesse por propriedades rurais, reforça o papel estratégico do agronegócio no país.