A escolha da forrageira ideal para o pastejo rotacionado é um fator estratégico que influencia diretamente a produtividade e a sustentabilidade das pastagens. Esse sistema de manejo é amplamente adotado na pecuária moderna, pois proporciona maior eficiência na produção, preservação do solo e um fornecimento mais equilibrado de nutrientes ao rebanho. No entanto, para obter bons resultados, é fundamental selecionar a espécie de capim mais adequada.
Mas qual capim escolher para maximizar os resultados do seu sistema de produção? Confira as opções mais eficientes para o pastejo rotacionado.
Dentre as opções mais utilizadas, destacam-se as braquiárias, conhecidas por sua resistência e alto rendimento em diferentes condições climáticas.
As braquiárias representam cerca de 70% das pastagens cultivadas no país, sendo amplamente adotadas devido à sua versatilidade e adaptação a solos diversos, incluindo aqueles de baixa fertilidade. Seu sistema radicular profundo, que pode ultrapassar 1,5 metro, permite maior resistência à seca, assegurando a oferta de forragem mesmo em períodos de estiagem. Além disso, essas gramíneas apresentam um bom valor nutricional, com teor de proteína bruta variando entre 8% e 14%, dependendo da cultivar e do manejo aplicado.
Outro benefício importante é a possibilidade de integração com outras espécies forrageiras, o que contribui para a diversificação nutricional da pastagem e minimiza riscos de pragas e doenças. Entre as principais cultivares deste grupo, destacam-se:
A escolha da forrageira deve considerar não apenas a produtividade, mas também fatores como tipo de solo, regime pluviométrico e objetivo da pecuária (cria, recria ou engorda). Optar por cultivares bem adaptadas pode elevar a taxa de lotação da propriedade em até 30%, maximizando a produção sem comprometer a qualidade da pastagem.
Os capins coloniões são uma excelente alternativa para quem busca uma forrageira com alto valor nutricional e grande capacidade de suporte animal. Com crescimento vigoroso e folhas abundantes, essas gramíneas podem sustentar até cinco cabeças de gado por hectare, tornando-se ideais para sistemas de pastejo intensivo. Seu teor de proteína bruta varia entre 10% e 16%, garantindo uma nutrição eficiente para bovinos de corte e leite.
As cultivares desse grupo são reconhecidas por sua elevada produção de biomassa, podendo alcançar entre 18 e 25 toneladas de matéria seca por hectare/ano, dependendo do manejo adotado. No entanto, sua produtividade está diretamente ligada à fertilidade do solo, exigindo correção e adubação adequadas. Além disso, são mais sensíveis à seca, apresentando melhor desempenho em regiões com boa umidade ou sistemas irrigados.
Principais cultivares e características:
Os capins do grupo Tifton são conhecidos por sua resistência ao calor intenso, à seca e até a geadas, características que os tornam ideais para regiões com climas mais extremos. Essas forrageiras se adaptam bem a diferentes tipos de solo, incluindo arenosos, mistos e argilosos, ampliando suas possibilidades de uso.
Entre os principais benefícios do Tifton está sua alta produtividade, com algumas cultivares alcançando até 20 toneladas de matéria seca por hectare/ano. Contudo, seu desempenho pode ser prejudicado em solos encharcados ou áreas sombreadas. Quando utilizada irrigação eficiente, a produção pode aumentar em até 30%.
Principais cultivares:
A escolha do capim ideal para propriedades rurais deve levar em conta fatores como tipo de solo, regime de chuvas, exigências nutricionais do rebanho e objetivos produtivos. Antes de implantar a pastagem, é fundamental realizar uma análise do solo para identificar possíveis deficiências e ajustar o manejo de forma adequada, garantindo maior eficiência e produtividade.